Como ajudar uma pessoa viciada em cocaína?

Saber como ajudar um amigo, familiar ou colega de trabalho que tem vício em cocaína é difícil. Isso porque a dependência pode afetar seriamente os relacionamentos, tornando uma conversa sobre o tratamento ainda mais desafiadora.

Embora esse tipo de intervenção possa ser desconfortável, vale a pena e pode iniciar o tratamento e a recuperação da pessoa de quem você gosta.

Nos tópicos abaixo, falaremos sobre dependência de cocaína, sinais e sintomas de que um ente querido é viciado em cocaína e como abordar um ente querido sobre seu vício.

Sinais de que uma pessoa é viciada em cocaína

Se você está desconfiado e preocupado que algum ente querido esteja fazendo uso de cocaína e tenha se tornado um dependente, alguns sinais que podem ajudar a identificar incluem:

• Altos níveis de felicidade e euforia.
• Irritabilidade.
• Pupilas dilatadas.
• Estado de alerta mental.
• Alta sensibilidade à visão, som e toque.
• Inquietação.
• Desconfiança extrema e irracional dos outros (paranoia).
• Náusea.
• Tremores e contrações musculares.

Como abordar um ente querido sobre vício em cocaína

Uma das coisas mais importantes a serem lembradas ao abordar uma pessoa sobre o vício em cocaína é ser compreensivo e empático, afinal, a pessoa certamente não está na atual situação porque quer. Na maioria das vezes, trata-se de uma forma de fuga para uma questão mais profunda, como traumas, perdas e afins. 

Você precisa ter certeza de que a pessoa saiba que você apoia totalmente sua recuperação e que você reconhece que o vício é uma luta que não será fácil de superar. 

Enfatize que você o apoiará durante todo o processo de tratamento, inclusive por meio de possíveis cenários de recaída. 

Esse tipo de encorajamento e alívio pode fazer uma enorme diferença para alguém que usa cocaína de forma abusiva, que já pode estar se sentindo alienado por seus hábitos.

Tente evitar linguagem que estigmatize a pessoa ou seu vício, e não o culpe por seu vício. Tanto quanto você puder, tente falar com eles como se estivessem sofrendo de qualquer outra doença. 

O vício é amplamente reconhecido como uma doença crônica e recorrente do cérebro. Embora possa ter sido a escolha da pessoa usar no início, as mudanças que ocorrem no cérebro tornam extremamente difícil para ele parar.

O dependente de cocaína pode expressar raiva ou racionalizar o uso de drogas e pode negar que seja um problema. Isso é comum. Expresse que não quer vê-los sofrer e pergunte se eles estariam dispostos a obter ajuda. Se eles não concordarem imediatamente, não se culpe — dê um tempo e pergunte novamente.

Abordar alguém com transtorno por uso de cocaína para falar sobre seu vício e possíveis opções de tratamento pode parecer intimidador, mas com a preparação adequada, você pode fazer a diferença mais importante em sua vida.

A orientação profissional nas clínicas de tratamento, na maioria das vezes combina terapia individual com encontros familiares. Além disso, os familiares obterão orientações a respeito de:

• Como lidar com o estresse relacionado ao uso de cocaína da pessoa;
• Como se comunicar efetivamente com o usuário;
• Como evitar permitir comportamentos destrutivos;
• Práticas para dar suporta evitando a recaída.

Independentemente de como você escolhe abordar seu ente querido, lembre-se de que o vício em cocaína é uma coisa difícil de combater, mas ter uma rede de apoio pode fazer toda a diferença no mundo para a recuperação de uma pessoa.