Clínica de recuperação compulsória
Você sabe o que é uma clínica de recuperação compulsória? Essas instituições atuam quando uma pessoa é determinada a fazer tratamento contra dependência química em caráter judicial.
Ou seja, quando a justiça determina que a pessoa precisa ser submetida ao tratamento. Isto é comum, por exemplo, quando um crime é cometido e a pessoa alega estar sob efeito de drogas, entorpecentes, medicação e afins. Desse modo, a pena pode ser convertida em tratamento contra essa dependência.
É importante saber, no entanto, que quando se trata de instituições sérias, o tratamento compulsório é semelhante ao internamento voluntário, com segurança reforçada e abordagem que garanta a eficiência do tratamento durante o período em questão.
Além disso, o tratamento segue boas práticas humanizadas, respeitando o paciente, independentemente de sua condição. Isso porque tratamentos considerados hostis, hoje em dia, são proibidos.
Desse modo, para gerar ainda mais eficácia nos tratamentos, os pacientes passam por terapias em grupo, terapia individual, além de desenvolver habilidades em cursos e treinamentos que possam ser disponibilizados.
Quer saber mais a respeito dos tratamentos em clínica de recuperação compulsória? Continue lendo e tire as suas dúvidas!
Qual a diferença entre internação involuntária e internação compulsória?
Esta dúvida é muito frequente entre pacientes e sobretudo entre familiares de quem precisa passar por internação contra dependência química.
A internação involuntária costuma ocorrer por intermédio da família. Desse modo, quando um pai e uma mãe, por exemplo, veem que seu filho está em um estágio em que coloca sua própria integridade – e de terceiros – em risco, pode acionar uma clínica de recuperação, assinar as documentações necessárias para que ocorra a intervenção.
Por outro lado, quando se trata de internação compulsória, deve-se haver necessariamente a demanda judicial. Ou seja, é necessário que um juiz possa expedir um mandado para que o paciente seja internado. O não cumprimento dessa decisão torna o paciente foragido e estará descumprindo a justiça.
Essa decisão, no entanto, só é tomada por parte do magistrado diante de um laudo médico que previamente irá constatar a real necessidade de o paciente ser submetido à internação.
Vale ressaltar que a internação compulsória está prevista no código penal desde 2001 e está regulamentada pela Lei nº 10.216. Por meio dessa lei, só era possível a internação compulsória quando houvesse transtornos psiquiátricos.
Posteriormente, por meio da Lei nº 13.840, sancionou-se a internação compulsória para pacientes que tenham “apenas” dependência química.
Como uma clínica compulsória funciona?
As clínicas compulsórias costumam seguir a mesma abordagem de outros tipos de clínica, reunindo opções de tratamento alicerçados em terapias individuais, terapias em grupo e suporte familiar.
O objetivo é garantir que não haja reincidência e que o paciente seja capaz de ter autonomia sobre sua vida, não dependendo mais das substâncias químicas.
Para isso, não se trata apenas de privá-lo dessas substâncias, mas dar suporte psicológico e psiquiátrico para que ele se torne capaz de conduzir novamente uma vida sem a presença de drogas.
Com o auxilia das terapias familiares, os pais e demais entes são orientados sobre como dar suporte para que o tratamento se mantenha eficaz mesmo após o fim da internação.